segunda-feira, 26 de setembro de 2016

As maravilhas da gravidez #4

Para quem é mãe de primeira viagem a espera até à primeira eco pode ser uma tortura. Não sabemos se está tudo bem, nem sabemos o que nos espera.
O meu pensamento nessa altura era: tem calma porque se fosse antes também não dava para ver grande coisa, logo ias ficar na mesma...
Fomos os dois à ecografia. O F. não fazia questão de ir às consultas com a médica de família, mas nas ecos esteve sempre presente. Quando o médico colocou o ecógrafo na minha barriga e a imagem dela apareceu na TV à nossa frente, ficamos os dois boquiabertos. Nem eu, nem ele estávamos à espera que se visse tudo tão bem. Ficámos com aquela cara de parvos felizes a olhar para tudo com aquele ar de  interrogação como é que é possível?
Nesta altura ainda não dava para sabermos o sexo e ainda tínhamos esperança que fosse um menino. 
Foi tudo de bom. Ela mexeu-se bem,  levantou a mãozinha como que a dizer adeus e ainda nos virou o rabo. 
A avaliação do médico também foi positiva,  o que nos deixou descansados. 
Ainda não sei descrever a felicidade com que saímos do consultório. Mas foi de certeza um dos momentos mais felizes da minha vida. E com o F. ao meu lado.

Entretanto fui a uma consulta a uma obstetra no privado pois queria ter a certeza que estava a ser bem acompanhada pela médica de família. Escolhi a Dr. Isabel Nogueira, que também é obstetra na Maternidade Alfredo da Costa, que me descansou. Falou me de todos os cuidados que devia ter com a alimentação. Falou do rastreio combinado que eu não fiz e que já não ia a tempo de fazer. Fez-me uma ecografia e sossegou-me. Estava tudo bem. Estava a ser bem acompanhada.
Acabei por decidir continuar com a médica de família e não me arrependo. Apesar de algumas coisas não terem corrido muito bem, que contarei mais à frente, a médica de família esteve sempre disponível e acompanhou-me como se de uma obstetra se tratasse. 

As maravilhas da gravidez #3

Neste tempo que decorreu entre a primeira consulta e a primeira eco, as semanas não passavam. Nessa altura fomos visitar a família por duas vezes e por duas vezes não pude dizer nada. A notícia seria dada por telefone mais tarde.

Guardar um segredo destes não é fácil. Primeiro porque alguém pode notar e perguntar à  frente de mais pessoas e (se forem tão boas a mentir como eu) fica logo toda a gente a saber.
Segundo porque eu gosto de beber um copo aqui ou ali, socialmente e deixei de o fazer, o que causou estranheza aos mais próximos. Por altura da Páscoa, o meu tio insistia para eu beber um copo ao almoço pascal. E eu, para não dar nas vistas,  anui e ele encheu me o copo. Fui fingindo que bebia, mas na verdade toda a gente estranhou que no final da refeição o copo ainda estivesse quase cheio.

Só não menti à minha mãe. Em Fevereiro fomos lá a cima (já vos disse que sou de Vila Real?) e a minha mãe, numa ocasião que estávamos sozinhas, pôs-me a mão na barriga e perguntou Estás de bebé? Não consegui mentir e disse que sim, mas que ainda era cedo que ainda não tinha feito nenhuma eco e não sabia se estava tudo bem. Perguntei lhe como é que ela tinha desconfiado. Disse que o casaco que eu trazia vestido fazia um alto e parecia barriga de grávida, se bem que ela já me tinha visto com outras roupas. Acho que foi mesmo instinto maternal, porque nessa altura não se notava nadinha.

As maravilhas da gravidez #2

Depois de saber que estava grávida a saga seguinte foi marcar consulta no Centro de Saúde.

Ficam já a saber que primeiro têm de marcar uma consulta normal e só depois é que vão ter a consulta da saúde materna.

Nesta gravidez aconteceu-me de tudo, mas já vos vou contando os pormenores.
Primeiro tentei marcar consulta pela net. Cheguei lá no dia marcado e a senhora diz me que não tem nenhuma consulta marcada no meu nome. Depois de ver com melhor atenção vi que o problema não era do Centro de Saúde, mas meu. Tinha ido lá uma semana mais cedo, mas como a senhora assumiu que o problema era do programa, eu calei-me a ver se a coisa pegava e tinha consulta no dia. O nosso SNS funciona tão bem ou tão mal  que quando as coisas correm mal ninguém duvida que o problema é mesmo deles. Nem mesmo quem lá trabalha.

Resultado: não consegui consulta. Solução: ligar no dia seguinte às 8h da manhã para marcar uma consulta, porque vagas normais só no mês seguinte e já não haviam vagas de urgência para aquele dia. Conclusão: faltei a tarde ao trabalho e a manhã do dia seguinte, porque quando finalmente consegui falar com alguém do CS, já só havia vaga para as 11h30.

E lá fui. Ninguém confirmou se eu estava mesmo grávida. Não fizeram teste de sangue. Eu podia ser uma maluquinha que chegava ali, marcava consulta e dizia que estava grávida sem estar e todas as consultas seguintes decorreriam normalmente até à primeira ecografia.

A médica marcou-me as primeiras análises,  a primeira eco e a primeira consulta de saúde materna. Deixou-me várias recomendações e lá segui eu a minha vida.

Nesta altura estava grávida de poucas semanas, um mês se tanto. Queria contar a toda a gente, mas o facto de ser uma gravidez tão recente não me permitiu. Podia não correr bem. Assim cosemos a boca e guardamos segredo até fazer os 3 meses ou melhor, até fazermos a primeira ecografia que foi às 15 semanas.

quarta-feira, 21 de setembro de 2016

As maravilhas da gravidez #1


Escrevo este texto para não me esquecer do que tenho sentido durante a gravidez. Também para que um dia a baby C. possa ler e saber o que a rica mãezinha dela passou durante a sua gestação. 

Isto deveria ter sido um exercício diário, mas não aconteceu assim e mais vale tarde do que nunca. 

Já contamos com 37 semanas e 1 dia.  Esta etapa final, desde as 32 semanas, mais ou menos, têm sido difíceis. A barriga cresceu muito e eu aumentei bastante de peso, o que torna difícil qualquer tarefa. Mesmo um simples meter a loiça na máquina é extenuante e dou por mim quase sem fôlego e a ter de me sentar no sofá entre lides domésticas. Por incrível que pareça a única tarefa que não me deixou exausta foi passar a ferro. E eu o que adoro passar a ferro (not). Mas adiante.

Descobri que estava grávida em Fevereiro. Comecei a fazer contas e nada de menstruação. Já andávamos a atentar há mais de ano e meio e já estava naquela fase do "não stresses, quando tiver de acontecer, acontece". 

Inicialmente o F. disse para esperar mais uma semana ou duas, mas como eu sou tão certinha na menstruação tinha de tirar a prova dos nove e então lá fui eu comprar um teste de gravidez. 

Para mal dos meus pecados, o primeiro teste não deu em nada. Nem positivo, nem negativo. Completamente em branco. Lá tive eu de ir comprar outro e esperar pelo dia seguinte (nem dormi bem), para poder fazer com a primeira urina. 

Dica: comprem sempre dois testes, não façam como eu. E não precisam de comprar dos mais caros, um simples e barato serve bem. Se ficarem com dúvidas vão ao centro de saúde e digam que acham que estão grávidas para vos fazerem um teste de sangue, ok?

Et voilá. Positivo. 

Saio da casa-de-banho, entro no quarto e o F. diz: então? E que respondo: Estou grávida. Por incrivel que pareça, não fizemos uma festa (como eu achava que ia ser) Limitei-me a deitar ao lado dele e ficámos ali um bocado abraçados.
Foi uma sensação de felicidade com um misto de muitas dúvidas. E agora? Estará tudo bem? Quanto tempo estou? Será que vai correr tudo bem? Será que vamos ser capazes?



sexta-feira, 16 de setembro de 2016

E a Gravidez?

Estamos no final countdown. 36 semanas já estão agora é agora pode nascer a qualquer dia. Medo, muito medo!

É sempre assim

Hoje, que o dinheiro está escasso, entro na C&A, onde quase nunca vejo roupa de jeito, eis que me deparo, logo à entrada com 2 ou 3 peças que vinham comigo para casa. Quando receber e precisar de ir comprar roupa, não vou encontrar nada que goste.